domingo, 10 de março de 2013

Ultima postagem: Análise do texto proposto pelo professor. Parte I

Texto: A língua portuguesa nos currículos de final de século.
Autora: Marildes Marinho

Essa análise será feita por tópicos, sendo destacado apenas o que achei relevante comentar.
1. Introdução: 
A autora nos convida a reflexão sobre os desconfortos do ensino de língua portuguesa nos últimos séculos, percebendo a fragilidade e seus efeitos, nos causando uma inquietação produzida nos currículos nesse período.
Nesse percurso teremos de pensar sobre as condições de leitura e entendimento das estratégias de uso do currículo,usando o tempo histórico como base para pensar em formas de melhorar a linguagem e a construção de um novo discurso.
2. Condição de leitura de um texto curricular: uma perspectiva de análise.
É preciso levar em consideração o contexto e realidade de cada lugar onde o currículo será desenvolvido. O texto aponta dois elementos que podemos considerar nessa leitura e construção de um currículo, as influências externas ( contexto político e social) e as internas (desenvolvimento de estudo e pesquisa na área)
ainda destaca que são complementares.
Ao longo dos anos a escola teve que se preocupar com a relação de produção de materiais didáticos (livro), com o papel dos professores e do aluno, com as mudanças tais como a abertura das escolas para as classes trabalhadoras, tudo isso foi gerando um recrutamento de professores precário e inadequado.
Também ocorreu e continua ocorrendo a desvalorização do magistério e do uso inadequado dos livros.
Outro ponto é que antes era muito importante que o aluno dominasse a Retórica, o que hoje está também sendo requisitado o uso do discurso, a construção da expressão oral era e é hoje bem valorizada com muito espaço no ensino.
A minha crítica e também da autora, é a forma como se propõe um ensino priorizando a gramática, um ensino conteudista, desconsiderando o uso prático dessas técnicas que estão na estrutura da língua.
Magda Soares traz uma abordagem muito boa sobre os processos da alfabetização, com novas tendências e usos de muitas vertentes tais como a psicológica, a psicolinguística e sociolinguística que defendem a  qualidade multifacetada que esse processo ocorre.
3. Da forma de organização às estratégias de leitura:
Os PCNs indicam o uso dos eixos, e a autora também traz uma preocupação com a articulação desse conceito quando coloca que o desenvolvimento dessas competências deve preocupar-se com a organização, o conteúdo e função linguística.
O currículo traz as prioridades acerca do que deve ser ensinado, mas precisa conter elementos tais como conteúdo, objetivo, conjunto de atividades, pode estar construído com base teórico-metodológica. Nele também encontramos os eixos organizadores da função linguística.
Tanto nesse texto como nos PCNs encontrei uma preocupação com o fracasso escolar, a preocupação em traçar novos rumos para a criança avançar com a linguagem e não deixar de alcançar também o direito de uso da língua materna.
Tem ainda a questão de pensar pra quem é o currículo , o destino dele, para quem ele servirá? Para quê? Como ele foi produzido? Essas reflexões possibilitam visualizar a proposta do documento.
4. Concepção de língua e de gramática:
Gostei muito do que Marildes coloca como concepção, "aquela que é capaz de suprir as limitações de uma prática pedagógica supostamente tradicional."
  Esse que eu destaquei foi apenas uma das muitas  vertentes que a autora coloca para pensarmos uma concepção. Percebi propostas diversificadas, a que elas mudam conforme o lugar que se aplica, podendo ter perspectivas diferentes  e usar estratégias diversificadas.
Mas há um problema que é o currículo que prioriza o ensino da gramática como ponto principal, com essa prática não se atende as necessidades do uso da língua.
Entendi que é importante observar  e analisar as propostas e as orientações que delimitam o ponto de partida e de chegada dos usos linguísticos, considerando aspectos como o conteúdo, a metodologia e a intenção desse ensino.
Bom o fato é que o ensino da gramática ainda é muito polemico  e necessita ainda muita pesquisa para chegar-se a uma melhor concepção de ensino.



  
    

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